TEORIA
CILIADO SINCICIAL
Sugere
que o metazoário ancestral foi um protista ciliado, multinucleado, com simetria
bilateral, que teria modo de vida bentônico. Em um passo evolutivo maior as
superfícies nucleares são divididas pela formação de membranas celulares,
produzindo uma epiderme celular contornando uma massa sincicial interna o que
confinava a atividade de cada núcleo a certas regiões do corpo e assim se
tornaram internamente compartimentados. O resultado disso e de outras mudanças
foi um organismo acelomado semelhante a um turbelário (filo Platyhelminthes).
Assim, esta teoria sugere que os
primeiros ancestrais dos Metazoa eram acelomados e bilaterais). Esta teoria é
reforçada pelas grandes similaridades entre os ciliados modernos e vermes
achatados acelomado quanto a tamanho, forma, simetria, local da boca e cílios
na superfície. No entanto, alguns fatores contrariam esta ideia: não ocorre na
embriologia dos turbelários nenhum processo de celularização semelhante; a
teoria não explica a presença de espermatozoides flagelados nos metazoários; e,
principalmente, implica que a simetria radial de cnidários seja derivada de uma
simetria bilateral primária, para o que não há nenhuma evidência.
TEORIA
FLAGELADA COLONIAL
Criada por Ernst Haeckel (Foi um
biólogo, naturalista alemão, filósofo, médico, professor e artista que ajudou a
popularizar o trabalho de Charles Darwin e um dos grandes expoentes do
cientismo positivista), sustenta que os flagelados são os ancestrais dos
metazoários. As células monocíliadas (células com um único cílio) ocorrem
comumente entre os metazoários inferiores, particularmente entre as esponjas,
as hidras, as anêmonas-do-mar e os corais. Tanto os ovos como o esperma
evoluíram em alguns flagelos (tais como o esférico Volvox). Embora se utilize
freqüentemente o Volvox (género de algas verdes, coloniais) como modelo para
design do ancestral colonial flagelado, esses organismos autotróficos com
células semelhantes a plantas não são provavelmente ancestrais dos metazoários.
As evidências ulta-estruturais apontam para os coanoflagelados (protistas
aquáticos), monoflagelado e semelhante a animais, como melhores candidatos.
TEORIA BLASTEA
COLONIA E PLÂNUA
Os cnidários, com sua simetria radial,
poderiam ter evoluído a partir desta forma. A partir daí, desenvolveram algum
grau de orientação locomotora, antero-posterior, e algum nível de
especialização de células em funções somáticas e reprodutivas separadas (comum
em protistas coloniais atuais), caracterizando a chamada BLASTEA. Neste
cenário, o primeiro metazoa surgiu pela invaginação da blastea e o resultado
seria um animal com dupla membrana, corpo como uma gástrula, denominado
GASTREA.
TEORIA DA GÁSTREA
A gástrea teria uma abertura como um
blastóporo, parecendo a gástrula de muitos invertebrados viventes. Ambos
estágios são vistos durante a ontogenia de animais modernos; a gastrea seria o
precursor de Cnidaria. Dentro desta idéia, a simetria bilateral seria derivada.
A evolução de um eixo do corpo antero-posterior, o movimento unidirecional e a
cefalização, provavelmente, co-evoluíram em algum grau e devem coincidir com a
invasão dos ambientes bentônicos e o desenvolvimento da locomoção rastejante.
Parece ser que a origem da condição triploblástica surgiu após o aparecimento
das formas bilaterais.
TEORIA
MONOFILÉTICA
As evidencias filogenéticas
recentes baseadas na unidade menor do RNA ribossômico e em similaridades de
vias bioquímicas complexas corroboram a hipótese flagelada colonial, que os
metazoários formam uma unidade monofilética (seguindo o esquema filogenético de
Wainright et al. 1993) incluindo aos coanoflagelados. Esta hipótese também é
corroborada com dados morfológicos (Nielsen, 1995). O grupo-irmão dos
metazoários parece ser o dos fungos. A evidência molecular exclui a hipótese
ciliada sincicial porque os metazoários são aparentemente mais próximos das
algas eucarióticas e plantas do que o são dos ciliados.
TEORIA
POLIFILÉTICA
Muitos zoólogos preferem crer que
os metazoários tiveram uma origem polifilética, tendo sido derivados
independentemente de mais de um grupo de organismos unicelulares. Assim sendo,
as esponjas, cnidários, ctenóforos e eumetazoários restantes evoluíram de forma
independente não havendo um esquema único para a origem de todos eles. A
principal razão é por acreditar que as esponjas evoluíram a partir de um
organismo unicelular diferente dos metazoários superiores, assim metazoa seria
um táxon polifilético.
O principal argumento é que apesar
dos coanoflagelados parecerem claramente
relacionados com as esponjas, não é claro o grau de relação das esponjas com os
demais Metazoa. É difícil de imaginar como um organismo com organização tão
simples como uma esponja poderia se desenvolver em organismos com uma estrutura
corpórea complexa e órgãos internos. No entanto, esta hipótese não vem sendo
apoiada em estudos moleculares.
PORÍFEROS
Grande parte dos poríferos são de
origem marinha, sendo algumas espécies fluviais – que se estabeleceram em rios.
Estes são os animais mais primitivos, onde não apresentam órgãos nem tecidos,
mas apenas uma rede de espongina e o mesohilo, que seria um sangue primitivo.
Os poríferos estão muito próximos de serem uma colônia celular de
coanoflagelados – o que mostra o possível salto evolutivo de seres unicelulares
para pluricelulares – pois cada célula alimenta-se por si própria.
Comentando em alimentação, eles tem
uma alimentação que se dá através de um fluxo de água entre suas células.
Porém, não é o mar que determina esse fluxo, mas sim as próprias células que o
cria, para que todas absorvam nutrientes. O fluxo pode ser visto na imagem
abaixo.
Os poríferos têm células
especializadas que os outros animais não têm, elas estão listadas abaixo:
Coanócito – promoção, fluxo de água, captura de alimentos, fazem a
digestão (intracelular). Além disso, são flagelados, e se transformam em
espermatozoides para fazerem a reprodução sexuada.
Pinacócito – servem para revestimento e proteção da esponja, o
conjunto de pinacócitos se chama pinacoderme.
Amebócito – se assemelham muito com uma ameba, são como
células-tronco, podem se transformam em qualquer outra célula do organismo da
esponja, e além disso se transforma no ovo, que será fecundado pelo
espermatozoide (coanócito) e farão assim a reprodução sexuada.
Porócito – são células que tem um “buraco” no meio delas em forma
de cilindro, que servem para a circulação de água no organismo.
Arqueócito – mesma função dos amebócitos (reprodução, regeneração e
transporte) porém são menos numerosos.
Rede de espongina – é uma rede de proteínas, utilizada na produção
das esponjas.
Espículas – servem para sustentação da esponja.
Gêmula – aparece apenas nas esponjas de rio, que são como
“sementes” que se formam quando o rio seca, e quando ele se torna um habitat
favorável para a esponja ela cria um novo ser.
Mesohilo – cavidade entre a camada de coanócitos e a pinacoderme, é
formada por espículas, amebócitos e proteínas.
As esponjas também têm reprodução
assexuada, que se dá através do brotamento, onde um pedaço da esponja forma
outra esponja inteira.
A classificação das esponjas é
feita através de sua estrutura esquelética, que são dividas em 3 classes,
Calcarea, Demospongiae e Hexactinellida.
As esponjas calcárias possuem
espículas de carbonato de cálcio. São exclusivamente marinhas e apresentam
espécies asconóides, siconóides e leuconóides.
As demosponjas possuem espículas de
sílica e fibras de esponjinha. Existem demosponjas de água doce e marinhas e
sua organização é sempre de tipo leuconóide.
As esponjas da classe
Hexactinellida (esponjas-de-vidro) possuem espículas de sílica que podem formar
uma complexa rede esquelética. Elas ocorrem em grandes profundidades no mar.
http://www.todabiologia.com/zoologia/poriferos.htm
https://pt.slideshare.net/C_Alberto/poriferos-em
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/esponjas-conheca-o-filo-iporiferai.htm
Cnidarios
Os cnidários são
animais marinhos, diblásticos, e que podem andar isoladamente, como as hidras,
ou em grupos, como as caravelas. Foram os primeiros animais a desenvolver
tecidos, apesar de não possuírem órgãos. Esses tecidos formam um sistema
digestivo incompleto e um sistema nervoso.
Esses seres não possuem aparelho
digestivo completo, pois têm apenas boca, e não boca e ânus. Logo, o alimento
entra pela boca e o que sobra dele sai pela boca. Os cnidários foram os
primeiros a apresentarem digestão extracelular, porém a digestão deles começa
na cavidade gastrovascular e termina dentro das células.
Esses animais possuem tentáculos
que servem para a captura das presas, neles existem células especializada,
chamadas cnidoblastos, que possuem toxinas que causam reações alérgicas em
outros animais. Isso serve tanto como mecanismo de defesa, como captura de
alimentos.
Na Imagem acima, vemos o ciclo reprodutivo
dos cnidários, que se da através da reprodução sexuada.
Referencias:
RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk da Fonseca. "Filo
Cnidaria"; Brasil Escola.
Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/filo-cnidaria.htm>.
Acesso em 15 de junho de 2017.
Platelmintos
Platelmintos são vermes que habitam
ambientes aquáticos ou terrestres húmidos. Eles recebem esse nome pelo formato
achatado que possuem, e além disso, dão origem à simetria bilateral, semelhante
a dos humanos. Possuem tubo digestório incompleto, ou seja, não possuem anus,
mas possuem um sistema nervoso composto por dois gânglios ligados a dois
cordões nervosos, que levam os impulsos para todo corpo do animal.
Os platelmintos apresentam “olhos”,
que são chamadas de machas ocelares, que captam a luz e conseguem identificar
onde estão, se é dia ou noite, se está escuro ou claro.
Podem ter uma vida livre, como as
planárias, ou serem parasitas, como as tênias. Essas que causam a teníase nos
humanos, doença que pode ser adquirida pelo consumo de carne mal passada. Essa
doença possui um ciclo, onde o boi ou porco é infectado pela tênia, essa que
deixa seus ovos na musculatura do animal. Ao comermos a carne mal passada,
ingerimos também os ovos, e assim ficamos doentes. Como mostra a imagem a
seguir.
(imagem)
Referencias:
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos2/platelmintos.php